terça-feira, 5 de abril de 2011


O Papel da rádio na divulgação e consolidação do governo de Getúlio Vargas.


Getulio Vargas  foi o político brasileiro com o maior apelo carismático.
       Para um país continental como o Brasil era necessário uma grande estrutura de mídia de massa, Getulio desenvolveu todo uma estrutura ideológica política, através do Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP) e o início do Cine-Jornal (curtas metragens que abordavam as obras e feitos do presidente), como propaganda política, sedimentando o populismo por todo o território nacional .
      Vargas utilizou-se do lazer como propaganda e controle da população. A verdade, é que o trabalhador quase não tinha momento de lazer e com muito custo conseguiram através de significativas lutas políticas.
      Getulio Vargas utilizou o tempo livre das obrigações sociais, já que seu público alvo era a classe trabalhadora, para a sua propaganda política. O meio de comunicação privilegiado foi o rádio. Vargas preocupa-se diretamente com as classes urbanas, percebendo que estão nelas os apoios políticos necessários para a manutenção do poder. Então o rádio que passou a fornecer informações oficiais à imprensa, além de ter a responsabilidade da produção e edição do programa "A Hora do Brasil", foi o grande veículo de Getulio.
           "O rádio foi um veiculo de importância significativa no empenho para a popularização do regime, pois fazia chegar às zonas rurais, não incorporadas pela política populista, o projeto de legitimação do Estado Novo. O rádio foi imprescindível como meio de integração e uniformização política e cultural, contribuindo para minimizar as diferenças regionais, de acordo com o projeto nacionalizador estadonovista. Em seu discurso Vargas anunciou o propósito de instalar em todo interior do país receptores providos de alto-falantes em praças, logradouros públicos e vias de movimento. Este projeto foi levado a efeito, contribuindo para disseminar modelos culturais urbanos na zona rural e constituindo importante meio de transmissão da mensagem da comunicação populista." (GOULART, 1990, p. 19-20).

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